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SOBRE

ESCOLA CÉU NO CHÃO

Inspiração para poetas, compositores e enaltecido por moradores e visitantes, o céu de Brasília é uma das maravilhas que compõem a nossa capital federal. A sua imensidão azul, permeando entre jóias arquitetônicas, impressiona e é protagonista da vida urbana da cidade. Como disse Fernando Brant, beleza bonita de ver, nada existe como o azul sem manchas do céu do Planalto Central e o horizonte imenso aberto, sugerindo mil direções. 

E assim, o céu de Brasília foi, mais uma vez, fonte de inspiração, dessa vez para o projeto desta escola de ensino fundamental. O nome escolhido, Escola Céu no Chão, já sugere a intenção deste projeto em fazer o céu presente na edificação. A ideia de criar um espaço amplo, com circulações abertas, horizontes descortinados, intensa iluminação natural e cobertura translúcida reforça a aptidão do projeto em fazer do céu um elemento projetual, um agente do partido arquitetônico.

A solução volumétrica responde a este estímulo do partido com 2 volumes prismáticos, com estrutura racional, modulada e de fácil execução, separados entre si por um vazio que abriga a circulação vertical. Este vazio, potencializado com a cobertura translúcida, tem uma função semiótica de permitir uma amplitude visual, estimulando a promenade arquitetural, além de incentivar o encontro entre usuários em suas rampas e passarelas.

A coberta é o elemento construído protagonista do projeto, envolvendo toda a construção e permitindo um pé-direito de mais de 11m sobre a quadra, criando um vazio na porção leste do lote balanceado com os cheios proporcionados pelos volumes no lado oeste da edificação. A cobertura translúcida permite a entrada de iluminação natural em toda a área construída e traz a onipresença do céu, estimulando a sua percepção para o usuário.

Os dois volumes, que abrigam a maior parte do programa, foram dispostos longitudinalmente no lote, favorecendo a ventilação natural e permitindo uma melhor setorização. Suas superfícies externas e internas possuem fechamentos em placas cimentícias de cores variadas, com predomínio de tons de laranja e azul, em alusão ao barro da terra e ao céu. Sobrepostos a estas placas, temos chapas microperfuradas, na cor branca, filtrando a iluminação para os interiores. 

A implantação também buscou permitir uma melhor integração entre espaços abertos e fechados, cobertos e descobertos. Com a localização do pátio descoberto na porção frontal do lote, e a adoção de grades em seus limite, conseguimos uma melhor interação entre o exterior com o seu interior, permitindo permeabilidade visual, amenizando a sensação de limite do equipamento e ainda um controle de acesso.

Pátio frontal descoberto como área de convivência e integração dos alunos.

Fachada frontal é marcada pelo ritmo dos pilares. A permeabilidade visual integra o edifício ao entrono.

A quadra coberta foi pensada como um grande espaço aberto e de convivência que se relaciona diretamente com o átrio e com os pátios coberto e descoberto.

O átrio funciona como um espaço misturador de pessoas, promovendo encontros e estimulando o convívio e a troca de experiências. A rampa conduz os usuários aos espaços de aprendizagem.

A circulação fluida e continua estimula a integração e a ideia de continuidade dos espaços. A coberta translúcida torna o céu de Brasília presente a todo momento.

Na biblioteca mais uma vez prevalece a ideia de continuidade e de estimulo ao convívio.

Prancha do concurso (01/04).

Prancha do concurso (02/04).

Prancha do concurso (03/04).

Prancha do concurso (04/04).