SOBRE
O Mercado Público de Triunfo encontra-se bastante degradado, com arquitetura inexpressiva, boxes mal ocupados, baixas condições de higiene para exposição dos produtos, sem acessibilidade, entre outros problemas. Essas condicionantes acabaram por fazê-lo perder o protagonismo que já teve na vida do triunfense. A nossa proposta buscou uma requalificação arquitetônica, marcando o mercado na paisagem com uma fachada contemporânea que traduz a arquitetura de seu tempo, propondo um novo modelo de ocupação por parte dos feirantes, dotando-o também de todas as condições práticas para um perfeito funcionamento, como as questões de higiêne e de acessibilidade.
PARTIDO ARQUITETÔNICO
A premissa do projeto foi dar ao mercado o caráter de edifício público e ratificar sua importância no cotidiano do cidadão. Para isso ele precisaria ter uma identidade forte e contemporânea, ao mesmo tempo que se inserisse e dialogasse com a arquitetura do casario antigo vizinho e com a cidade. Tendo em vista que todos estes fatores não estão presentes no edifício atual do mercado, que apresenta arquitetura pobre e uma inserção e proporções que elimina qualquer possibilidade de diálogo e apropriação por parte dos pedestres e usuários.
PROJETO
Inicialmente, mantivemos o máximo de estrutura possível, pensando em uma solução de planta que setorizasse as atividades e hierarquizasse os espaços, diferentemente de que ocorria no edifício antigo. Suprimindo alguns boxes e criando iluminação e aeração zenital, conseguimos uma solução de planta mais inteligível, criando centralidades e espaços com características diferentes, correspondentes com cada necessidade.
Na fachada, buscamos reinterpretar contemporaneamente os elementos presentes no casario do centro histórico da cidade de Triunfo. Criamos rasgos com jardins que se estendem do topo do edifício até a calçada, levando-o até o nível do pedestre. Os rasgos são emoldurados por pórticos amarelos, que remetem ao colorido das casas, e que partem as fachadas em trechos menores de forma a dialogar com a proporção mais estreita dos demais edifícios, sem que se perca a leitura do mercado como objeto único. Ainda na fachada tem-se a leitura de um elemento mais horizontal, destacado do restante do edifício e totalmente vedado por cobogós, que abriga o pátio gastronômico, o coração do mercado.
Planta Baixa
Corte Transversal